O elemento metálica prata, símbolo químico Ag, é utilizado desde os tempos antigos pelas suas qualidades bactericidas e fungicidas, para conservar e transportar água e comidas, em utensílios para a mesa e nas medicinas ayurveda e chinesa. O povo mongol usava uma cuia de madeira, coberta com uma folha de prata, para misturar remédios.
Na medicina ocidental, a prata foi introduzida no fim do século 19, na forma de nitrato de prata, para tratar infecções do olho, e até hoje é utilizada em instrumentos cirúrgicos, desinfetantes e curativos, especialmente no tratamento de queimaduras e infecções bacterianas complexas.
Outra área onde a prata é utilizada amplamente é na purificação de água, não só nos filtros de barro em áreas de grande pobreza na Índia e na África, mas também na indústria aeroespacial, em aviões de linha, filtros para piscina, e purificadores domésticos.
Na medicina geral, o uso da prata como remédio é combatido pela indústria farmacêutica e, na maioria dos países, a venda de prata como remédio é proibida. A indústria, com toda razão, alega que existem riscos na ingestão de altas doses de prata, por outro lado, ela não investe em pesquisa para a aplicação da prata de maneira segura. O que ela esquece de dizer é que os chamados remédios, muitas vezes, são igualmente perigosos. Todos conhecemos as histórias do risco de uso indiscriminado de antibióticos e o perigo da criação de linhas resistentes de bactérias. Para as bactérias é muito mais difícil criar resistência à prata.
Hoje em dia, existem milhares de estudos relacionados à prata na forma de nano partículas, aplicada em tecidos, em filtros e em remédios, e com certeza a prata voltará a ser considerada como uma aliada no combate a infecções de vários tipos pelo mundo médico.
De qualquer maneira, a prata tem que ser usada com moderação e com cuidado, como faríamos com qualquer outro medicamento ou suplemento.